quarta-feira, 5 de maio de 2010

jeitinho brasileiro

O brasileiro é famoso por sua malandragem, seu jogo de cintura, seu molejo, sua capacidade de sempre se dar bem, seja qual for à situação. Um exemplo clássico disso é a fila. Brasileiro não enfrenta fila, FURA! Fura e ainda sai com um sorriso na cara se achando superior. Brasileiro só segue regra quando ela é conveniente, quando ela não é... Usemos nosso famoso jeitinho!
Quanto mais eu estudo, mais percebo que se as regras fossem seguidas o Brasil seria diferente, melhor. Quanto mais eu estudo, mais percebo que o excesso de jeitinho acaba com o Brasil.
Imagine um país onde “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (art. 5, caput da CF), onde “ninguém é submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” (art. 5, III da CF). Imagine um país que tenha como objetivo fundamental “construir uma sociedade livre, justa e solidária” (art.3, I da CF), “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” (art. 3, III da CF), “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3, IV da CF). Pense em um país que possua um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” (art. 225, caput da CF) e que se preocupe em dar “especial proteção” à família (art. 226, caput da CF). Difícil imaginar? Pois saiba que este seria o país em que nós viveríamos se não fosse dado um jeitinho pra tudo, se a democracia fosse levada mais a sério, se o povo soubesse a sua importância.
Até quando vamos simplesmente ignorar e permitir que seja ignorado o que nossa Constituição nos garante? O brasileiro tá acostumando a ter tudo na mão. O Brasil foi “descoberto” pelos portugueses, teve sua independência graças a Dom Pedro I, a proclamação da republica aconteceu por conta dos militares, etc. Já passou da hora do povo brasileiro fazer alguma coisa, pois "Um povo sem conhecimento, saliência de seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes." (Robert Nesta Marley)

Texto da Paulini
 
Sandro Sell

7 comentários:

  1. Esse texto me lembrou esta tirinha: http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAG8fd9H35qp9B77o6pnLmHT9vh3MYOqiNwkZ_oMdASklQacyT7pSDTEGxaefwAM9bpeh-45A7ZyJKNC9JY6xDLUAm1T1UKjZQcTrYLg9Xxvvp2FRzOQzBiCl.jpg
    ;)

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  2. Sempre partilhei da opinião que o "jeitinho" brasileiro deveria ser motivo de vergonha, e não de orgulho.
    Mas já vi artigos mais bem redigidos e com menor quantidade de erros gramaticais nesse blog. Uma rápida revisão evitaria esse tipo de equívoco.
    Mesmo assim, gostei da iniciativa.

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  3. Desculpe Helio! Da próxima vez eu escrevo um texto mais sofisticado e digno de sua sabedoria.

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  4. Gostei do texto Paulini.

    Infelizmente nem todo mundo entende o real objetivo de um Blog >>> Postagens sem muito frufru e mais conteúdo. Mas fica tranquila, com o tempo aprendem.

    Entretanto, compartilho da mesma afirmação do comentário supra: "Sempre partilhei da opinião que o "jeitinho" brasileiro deveria ser motivo de vergonha, e não de orgulho."

    Porém não usaria uma vírgula antes do "e". Afinal não é necessário né.

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  5. Parece que me expressei mal.
    Me desculpe você, Paulini. Garanto que, quando escrevi o comentário, não o fiz com a intenção de que você se ofendesse. Não disse que o texto ficou ruim ou coisa assim - e não ficou. Novamente, peço que me desculpe, e caso o comentário não seja de seu agrado, desconsidere-o.
    E Augusto, não sugeri "mais frufru" nas postagens. Só escrevi aquilo porque realmente acho que uma rápida revisão ajuda a evitar a ocorrência de erros.
    Quanto à vírgula antes do "e", ela realmente não é necessária; só a utilizei pra enfatizar a contraposição entre "vergonha" e "orgulho". Mas, se sua intenção ao escrever essas últimas linhas era caçoar de mim, tudo bem. Podes tirar a vírgula de antes do "e" e pô-la entre "texto" e "Paulini"; ali, ela era necessária.

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  6. o blog é não apenas um espaço para divulgarmos idéias, mas também para apurarmos opiniões e, por que não?, estilo de escrita. Houve erros gramaticais no texto? Houve. O Hélio apontou. O Augusto ponderou... Tudo bem. É do risco e da alma do negócio. Nem a Paulini, nem o Hélio, nem o Augusto fugiram ao espírito da coisa. Quem fugiu um pouco fui eu: é que a Paulini solicitou que eu revisasse os textos dela antes de publicar. Talvez por isso não revisou ela mesma. Confiou. Todos sabemos aquilo que Searle falava sobre os revisores de jornais: "quando mais revisores se contratam mais os jornalistas erram, por não se darem ao trabalho de acertar."
    No afã de publicar, não revisei. Publiquei. E gerei os justos comentários que se seguiram. Mas, como se coloca em mau estilo nas petições, "aos justos a Justiça": a Paulini (esse ser quase mítico das terras do Rei Roberto) apenas confiou num sujeito homem. E - como sobre isso já alertara a sua mãe - deu no que deu...
    Abraço, Prof. Sandro Sell

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