É comum vermos críticas de canais de tv e órgãos ambientais intenacionais contra a matança de rinocerontes, tigres ou elefantes devido a crenças de que certas partes do corpo desses animais possuem poderes curativos e místicos. O que não se trata com a devida veemência - poucos sabem disso - é que o mesmo se faz com alguns grupos humanos, cuja aparência os tornaria - quando mortos - um poderoso amuleto. Isso acontece com os albinos na Tanzânia. Desde 2008 registraram-se mais de 50 mortes de pessoas albinas por acreditarem-nos feiticeiros ou para convertê-los em amuletos.
Segundo a OMS, há pelo menos 170 mil pessoas albinas nesse país africano. Com o crescimento da pobreza e atração de aventureiros da riqueza ligados à expansão da mineração no interior do país, a violência ancestral contra os albinos tem se tornado endêmica.
Autoridades locais, sob pouca pressão internacional, tem tratado o caso como crime, mas não com a ênfase merecida. Uma bem pensada intervenção cultural, dissuadindo os feiticeiros locais a não ratificarem tais práticas, e ações imediatas de proteção aos grupos em risco precisam ser feitas. Mas nada de forma teatral e ineficaz: e sim de forma sustentável, baseada na idéia de que culturas locais possuem capacidade de reverem suas práticas e tornarem-se parceiras na busca dos direitos humanos. Isso é o que é feito por eficazes ONGs para transformarem os locais da ìndia por exemplo de caçadores em amigos dos tigres.
Isso não impede que continuemos lutando a favor dos cornos do rinoceronte e de outros animais, mas apenas exige que utilizemos nossos melhores esforços e práticas eficazes/éticas de transformação de crenças ancestrais violentas em redes de cultura da paz. Afinal, sabemos, pela nossa própria história (da Inquisição ao Nazismo) o quanto custa não tomarmos providências quando o mal ainda era localizado e as chances de sua superação estavam ao nosso alcance.
Sandro Sell
O ser humano é incrível mesmo, acredita no que quer e consegue se adaptar a qualquer meio ou crença.
ResponderExcluirO albinismo no Zimbábue já foi meio de cura do HIV. Acredita-se que dormir com mulheres albinas cura um homem contaminado pelo vírus...imagine quantos estupros não ocorreram...
Sem falar nas mutilações para se ter um membro deste "ser" tão estigmatizada.
A dignidade realmente ainda só será alcançada depois de muitas lutas sociais e intelectuais.
Sigamos! Só assim conseguiremos a evolução!!
Amei o post....
Vivi
O ser humano as vezes é uma praga!
ResponderExcluirLeonel