quarta-feira, 16 de junho de 2010

Feminismo antinatural?

Após 'séculos' de luta pela igualdade entre sexos, muitas mulheres hoje afirmam viver num período de direitos iguais. A mulher então, deixou de ser apenas a 'dona de casa' e passou a ter voz ativa nas questões políticas, ingressar nas universidades e mercado de trabalho exercendo inclusive cargos de chefia e predominantemente ocupados por homens. Sim, todos somos seres humanos com basicamente as mesmas necessidades, porém, há de se admitir que homens e mulheres são diferentes, ou não seriam homens e mulheres, seriamos "criados" todos como homens ou mulheres, negar isso é extremismo. Me desculpem as mulheres, mas acredito que esta busca pela igualdade em todos os aspectos entre homens e mulheres é antinatural. Sim, hoje estamos aí concorrendo com homens de 'igual pra igual' (literalmente entre aspas), somos independentes, inventoras, pesquisadoras, professoras, diretoras, somos estudantes, estamos nos movimentos, na política e de repente se ouve "Mããããeeeee!" (opa, é o filho chamando), sim! Também somos mães, também somos esposas.e sim , temos que ser/estar sempre lindas. Pois é, novas atribuições e com elas as antigas. A mulher puxou pra si várias responsabilidades que esta penando para adaptar as tradicionais. Sinceramente, não sei o que é o natural, se existe uma ordem das coisas desde o princípio, quem pode dizer o que deveria ser diferente? E ainda alegar isso como o natural? Não estou aqui defendo os séculos de tirania masculina, mas confesso que o extremismo feminista me incomoda, pois estamos assumindo tantas coisas ao mesmo tempo, que não temos mais tempo pra nada. Também faço parte desse grupo (então é quase que uma auto-indignação), mas admito que cansa, por isso que em muitas situações prefiro ser encarada como "a diferente" tentando fugir dos padrões estabelecidos pela sociedade onde a mulher é tida como um rótulo, (nem entrarei no assunto consumismo pelo ideal aqui). Tive que abrir mão de algumas vaidades para entrar no espaço dos ‘pensantes’, me tornei um pouco dura e direta com algumas situações, principalmente aquelas relacionadas a sentimentos (sim, por natureza da mulher é mais sentimental que o homem!) e assim vou vivendo e percebendo que mais cedo ou mais tarde se escolhe um lado. Parabenizo a mulher que consegue manter o equilíbrio, mas ainda penso que há de se pender pra um dos lados. E ainda não decobri qual deles é o natural.

Por Dayanne Louise
Postagem: Prof. Ruben Rockenbach

8 comentários:

  1. Concordo em gênero, número e grau.
    Lucélia

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  2. Sem dúvida, há diferenças entre homens e mulheres, e de toda a ordem.
    O antinatural, nesse tema, penso que seja a atitude de uma mulher inserir-se na política para ser líder, ou em uma família para ser mãe, se ela não tem vocação para tal.
    Aliás, não é só a mulher: o ser humano que adota funções que não se aliam ao seu perfil é agir antinaturalmente - ou forçosamente, como prefiro, visto que há de se tomar cuidado com a conotação da expressão "natural".
    Deve-se atentar, igualmente, para a afirmação de que "busca pela igualdade em TODOS OS ASPECTOS entre homens e mulheres é antinatural" - que espécie de igualdade está sendo levada em consideração?
    Se for a igualdade para concorrência, como dito no texto, como se a mulher intentasse competir com o homem na vida, aí sim há um erro absurdo: a mulher tem suas próprias qualidades e não precisa competir para provar o que é ou não é.
    A mulher que tenha auto-estima e que veja a que sua existência própria e única é condizente.
    SOb o contexto social e não meramente biológico, há mulher que não nasceu para ser mãe, oras.

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  3. Muito bom, Dayanne. Na verdade, desconfio muito desses "feminismos", que pra mim, na grande maioria, não passam de opinião mídiática. Muitas nem sabem o que defendem, apenas gritam por "direitos iguais"...

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  4. Ufa que alívio! Ser mulher é simplesmente ser mulher....
    Essa busca desenfreada de direitos iguais que algumas mulheres assumem realmente cansa e ofusca as demais. Antinatural realmente é agir contra o "apenas ser",mas a visão atual tem sido do "dever ser". Este, totalmente masculinizado: não chorar, trabalhar, ser líder, ter carreira, ter $$, nada de sentimentalismo....
    Como se os homens fossem somente isso...
    O que quero mesmo é ser mulher! É o que sou! Quero trabalhar, ter uma carreira, ser pensante pelo simples fato de querer e não porque todos dizem ser este o melhor.
    Natural é poder fazer escolhas!!!
    No mais, quando chego a minha casa e vejo meu marido "moldado" pelo sofá de tanto assistir a jogos da copa, quero mesmo é ser a típica mulher: ir ao shopping, tomar um café com as amigas, ficar com meu filho e quem sabe até arear panelas..
    Contudo, sempre mantendo meus pensamentos livres.É isso que quero!

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  5. Penso que a busca pela igualdade foi um grande erro! As diferenças nos enriquecem a todos, quando percebidas e valorizadas. Não vejo problema algum em ser um pouco mais sensível, ter peculiaridades físicas e outros detalhes. Para um grupo trabalhar bem, não devem todos executar as mesmas tarefas, mas sim cada um colaborar com suas habilidades e competências mais desenvolvidas. Assim podem se complementar, se ajudar e conquistar um equílibrio. Cada um deve ter a sua função. Num espetáculo, nem todos podem ser protagonistas! É preciso também coadjuvantes, contra-regra, autor, iluminador, etc.etc.etc... Todos são importântes. Querer competir, em vez de usufruir das diferenças, é no mínimo tolice!

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  6. As mulheres - as mesmas que buscam direitos iguais - defendem que se pague [em festas, por exemplo] igualmente a mesma quantia de que a dos homens?

    Talvez se tenha uma construção equivocada do que se considera igualdade...


    luccasneves.blogspot.com

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  7. Direitos iguais são na verdade "respeito ás diferenças"...

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  8. Entenda bem a situação catastrófica que paira sobre as cabecinhas confusas de mulheres estranhas e quase desesperadas:


    Algumas gerações atrás, mulher servia apenas para cozinhar, limpar, produzir seres (bizarros) humanos, proporcionar algum prazer ao sexo oposto e cuidar com perfeição do lar e dos bons costumes da família (dos primórdios até duas gerações atrás, na realidade).

    No fim dos anos 60, uma revolução: o tal feminismo, a tal queima de sutiãs, (garanto que algum tarado desinformado acha isso sexy!), mulheres exigindo direitos iguais aos dos homens, trabalhando, dando uma grande banana pra esses babacas e ainda deixando a casca no chão pra eles caírem, e feio! Independência é a palavra de ordem agora. Se eles querem casar, que fiquem em casa cuidando das crianças, ou contratem uma empregada.

    Lugar de mulher é na rua, é na faculdade, é nos cargos de chefia!

    Amor, sentimentos, afeição, subjetividade: quem tem tempo pra isso?! As mulheres não! Elas não podem se dar à esse luxo. Precisam ser fortes, quase máquinas, para mostrar que são superiores.

    Mas elas não queriam igualdade?

    Como igualar água e óleo? É muita pretensão minha dizer ser impossível? E também desnecessário? É cientificamente comprovado (pra não citar os aspectos físicos e óbvios) que homens e mulheres pensam diferentes. Recebem informações de modos diferentes, agem por motivos diferentes, compreendem diferente. Se até homens são diferentes de homens e mulheres diferentes de mulheres, como querer igualar mulheres e homens? Diferentes no começo, no meio, no fim, por fora, por dentro, em tudo!

    Se as mulheres querem ser superiores, querem vingança por todas humilhações sofridas ao longos de anos de subjugação, de domínio, compreendo.


    Mas que assumam isso. Não venham me falar de igualdade e depois reclamar de falta de cavalheirismo das criaturas. Eles se viram como podem. Um jovem de vinte anos que não fez absolutamente nada contra a dignidade feminina, mas é atacado desde a infância com máximas feministas tem apenas de querer se defender!

    Mulheres que não compreendem que não precisam ser melhores do que os homens para serem felizes, um recado:

    Vocês são incalculavelmente mais machistas do que os nossos homens atuais.

    Jamais critique uma mulher que tem como objetivo de vida criar seus filhos e cuidar da sua casa. Não critique pelo simples fato de que ela escolheu isso. Não julgue a mocinha que se desestabiliza depois de cada romance fracassado, não diga que ela é submissa aos caprichos masculinos: ela quer apenas encontrar um amor, uma paixão, uma resposta. Ela também escolheu isso.

    Se sucesso para você, mulher bem sucedida, é passar o dia inteiro dando ordens a subalternos e chegar exausta em casa tendo como companhia apenas uma samambaia quase morta, você escolheu isso.


    Não critique quem não vive assim, quem acha que sucesso é passear no sol numa tarde de quinta feira.

    De repente, o que você sente não é um “orgulho de ser mulher independente”. É apenas inveja de quem consegue viver sem ter de mostrar pra ninguém que é mais, melhor ou igual aos outros.

    Inveja de quem simplesmente escolheu ser, em vez de mostrar que é.

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