segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ruben, o vaso e o livro do Sandro

Neste último domingo (dia 27 de junho) foi presenteado com o livro “Comportamento Social e Anti-social Humano”. O presente veio do próprio autor, nosso querido amigo Sandro Sell. Assim como faço com todo livro novo, iniciei a leitura da obra no vaso. Sim, no vaso! Imagine quantas obras você já teria lido se ao lado de sua latrina tivesse um livro ou algo do gênero (isso evita, por exemplo, que você fique contando os azulejos da parede ou cortando as unhas dos pés). E, tem mais: se eu não gosto da introdução já dou destinação diversa as demais páginas do livro (e, confesso, as páginas do livro do Sandro Sell são macias, folhas duplas e com essência. Uma tentação para a higiene). Mas, de fato, o livro é excelente, em especial, nas questões em que aborda o debate sobre a felicidade e infelicidade humana (seja ela entendida na visão budista ou capitalista), assim como nossa essência contraditória (longe dos maniqueísmos vazios e rasos). Claro que essa postagem não objetiva elogiar o livro do Sandro (ao contrário, o Sandro e o livro nem precisam disto), mas simplesmente para concordar com ele! Acho realmente, e aqui me apoio nas lições de meu maestro Joaquín Herrera Flores, que o segredo da vida seja mesmo a reinvenção. Reinventar nossa relação com os outros, com a natureza e com nós mesmos. Relativizar as coisas, o mundo, as pretendidas verdades absolutas, afinal o dogmático se conforma e arranca seus próprios olhos para não ver mais que a sua verdade, enquanto o herege se rebela e busca os meios intelectuais e corporais para ir além dos axiomas. Nem tudo vale igual! Encerro com Spinoza ao dizer que são as paixões alegres que nos possibilitam transformar o mundo e as coisas na medida em que transformamos a nós mesmos. E dá-lhe Argentina (com gol irregular é melhor ainda!). Não falei que a vida é feita de contradições!

Por: Prof. Ruben Rockenbach

Um comentário:

  1. Bom, cada autor no trono que merece!
    Meu estimado Ruben, meus livros em geral depõem contra mim. Na cabeça de todo sujeito com pretensões injustificadas repousa a idéia: um dia escreverei um clássico! Enquanto esse não vem, curta a sua leitura desses filhos de outra época, que me ajudaram a organizar algumas idéias e compartilhá-las com os amigos.
    Abraço, Sandro

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