segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ou Morrer pelo Brasil

Desde pequena sempre gostei muito do Hino da Independência, não entendo até hoje porque não o cantam nas escolas. Que sentido faz cantar só o Hino Nacional Brasileiro? Afinal, sem a independência ele nem existiria.
Se todos ouvissem o Hino da Independência, saberiam, por exemplo, que não precisamos mais de “temor servil”, que não podemos estar nem sob o domínio português e nem de qualquer outra pessoa. Hoje, talvez por não termos muito contato com a letra de Evaristo da Veiga, somos inertes, acamodados, não sabemos que somos 'brava gente´..." que não precisamos (nem podemos) ficar submetidos a verdades distorcidas, opiniões fracas. Já fomos libertados dos “grilhões que (o) ardil astuto da perfídia nos forjava” (na ordem direta).
Tenho pra mim que Evaristo da Veiga ficaria um pouco decepcionado com muita gente se ele pudesse contemplar o hoje. A indiferença pelos Direitos Humanos, pela paz, pela conservação do meio ambiente, pela justiça é quase palpável nos dias atuais. Há quem diga que não toma nenhuma atitude porque uma no meio da multidão é nada.
Ao invés de ficar parado, esperando que alguma coisa seja feita, nós precisamos ter atitude, somos “brava gente”, temos “braço forte”. Se tiver alguma coisa errada temos que levantar a vóz e se não for atendido o nosso pedido: Morramos pelo Brasil!

Escrito pela Paulini Scardua Sabbagh
 
 
Postado pelo Sandro Sell

6 comentários:

  1. Parabéns, Paulimi. Sua postagem mostra que os símbolos nacionais, como todo texto, pode ser reinterpretado dentro de uma noção positiva de cidadania. Eu - que estudei sob à ditadura militar - estava acostumado e gostava muito de cantar tal hino. Na época, ele dava aquela noção de Pátria acima de tudo (e naquela época era acima de tudo mesmo!) e que deviámos ser soldadinhos com braços fortes e cabeça de papel. Hoje, você me fez rever o Hino, afastando-o da quartelada que o vitimou. Abraço, Sandro Sell

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  2. Que bom seria se esses "braços fortes" fossem, realmente, de todos e que todos desfrutassem dos frutos produzidos por tais braços. Cara Paulini, pelo que me recordo, a história da República não conseguiu nos apontar para uma nação que fosse de todos e de todas essas bravas gentes que ergueram seus braços fortes em nome dos hinos (da bandeira e nacional) e de seus escritores que, certamente, não eram oriundos das classes que erguiam seus braços para a construção nacional.
    Penso que seria melhor nós construirmos ums idéia de direitos humanos justamente criticando tais simbolos e suas consequências, se não daqui a pouco estaremos falando que só não temos "ordem e progresso" por conta de alguns inertes que nada fizeram para mudar suas vidas e hoje vivem na pobreza, nos morros e favelas.

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  3. Eu me sinto como a Pauline: gosto dos hinos, defendo os direitos humanos e quero conciliar os dois. O Mario Barbosa fez uma análise muito boa, mas talvez carregada demais das próprias lembranças. Não sei, agora estou confusa.
    Regina Flets

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  4. Gosto de suas postagens.
    Vivi

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  5. Agora que sei que v é de longe não vou poder fazer o convite etílico-literário que pretendia. Snif
    Glauco

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  6. Ahhh... Floripa não é tão longe não!
    Rsrs...
    Beijo

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