Devemos retomar (ou recuperar) o político que há em nós! Sim, nossas ações devem estar dirigidas a construção de espaços sociais, econômicos e culturais coletivos, públicos e democráticos. Não podemos limitar o conceito de político a um certo tipo de instituição ou como uma esfera da sociedade (a política como busca de um melhor ou pior sistema de governo). O político é uma atividade compartida como os outros e outras no momento de criar vias alternativas às existentes, no objetivo de lograr uma forma de solidariedade que promova e estimule atos livres a serviço do bem comum (e não de particularismos egoístas). Ser político não é somente praticar atos de gestão (administração), mas, sim, criar condições para o desenvolvimento das potencialidades humanas. A capacidade política dos seres humanos deve ser dimensionada para suas relações de força, de alteridade, de adversidade e de antagonismo. Caso contrário, continuaremos a imaginar que a realidade está acima de nós e não podemos modificá-la. A realidade não é uma situação eterna, absoluta ou natural! Não existem as propagadas leis inflexíveis que determinam a transformação inevitável do mundo, uma vez que a história humana se distingue da história natural por termos feito a primeira e não a segunda. Necessitamos apostar por uma concepção ampla e não fragmentária da ação! Os homens e mulheres encontram nas próprias crises a força para sua superação e as possibilidades de uma vida mais humana estão ao alcance de nossas mãos. Devemos abandonar o individualismo (umas das características mais importantes da ideologia moderna e da sociedade atual) que considera o ser humano como indivíduo absoluto e centro autônomo de decisão. Essa idéia de que a iniciativa individual e os interesses particulares são o ponto de partida e o motor da capacidade econômica ocasiona na destruição dos elos sociais, no individualismo egoísta, na competição descontrolada e na luta brutal pela sobrevivência. Urge a retomada do conceito histórico de sujeito como modificador da realidade, materializada através da mobilização social e da presença ativa dos cidadãos e cidadãs em prol de uma separação com as posições naturalistas (que concebem os direitos como uma esfera separada e prévia da ação política democrática) e, sobretudo, de práticas emancipadores que detenham potencial para legitimar, ampliar e realizar os direitos básicos para uma vida digna.
Por: Prof. Ruben Rockenbach
Muito boa a sua análise professor! Parabéns
ResponderExcluirLúcia Garcia
"Ensina política aos teus filhos para que os filhos deles possam ter o direito de estudar filosofia, matemática, história, direito..." Política é isso: saber que se deve participar do todo porque não se é qualquer um, mas um sujeito de direito e que requer direitos, aceitando, em troca, suas obrigações...
ResponderExcluirParabéns, meu grande irmão Ruben. Seus textos são muito coerentes com o grande cara que você é. Sandro Sell
É isso aí!!!
ResponderExcluirOs espaços políticos se constróem pelas ações e mobilizações concretas, na coletividade. E é nessas micro-tecituras sociais que fazemos brotar projetos que visam "um outro mundo possível e necessário!".
Abraços e à luta Companheir@s!
Dani Felix
DEMOCRACIA
ResponderExcluirTempo frio,gelado
galhos secos, tristes
chuvas fortes
ventos cortantes
com postura permaneceu
rainha, mãe de todas
primavera chegou
lhe ofereceu companhia
doce beijo beija-flor
flor bela, bela flor
JORGE DA ROSA
Com toda certeza professor devemos abandonar o individualismo, que no meu ver é um ponto central que resulta na maioria dos problemas sociais... O homem se fechou em sua bolha chamada " a minha vida" e resumiu esta em torno de conseguir sempre mais e mais... Limitou a sua visão e se deixou levar pelo consumo, pela a vida prática .. até porque pensar em coletivo para muitos ou não adianta nada.. porque "o Brasil não tem jeito" ou incomoda demais ver a realidade em que vivemos (crianças lutando por alimento nos imensos lixões,a criança de rua , vulgo pivete ... resumindo incomoda lidar com que para certas pessoas não os diz respeito.. é melhor fingir que não está vendo né ... para que se incomodar com isso.
ResponderExcluirMas na hora em que acontece um terremoto no Chile , chuvas no RJ resumindo qualquer situação que resulte num grande sensacionalismo " o povo" veste a camisa e dá o que pode...Triste é constatar que infelizmente vivemos problemas como esses destacados pela mídia todos os dias e em escalas muito maiores... São muitas isabelas por ai... Muitas pessoas sem ter o que comer... muitas pessoas sem o mínimo de dignidade. Então temos que parar e pensar no nosso dia a dia, realmente o que queremos para nós, até porque felizmente a vida coletiva acaba interferindo em cada bolha.
Anônimo acima Muriel, aluna Cesusc
ResponderExcluirParabéns ao Rubem e a Muriel!
ResponderExcluirManuela Serratibe