segunda-feira, 26 de abril de 2010

A provisória tarda mas não solta...

“Ações a fazer”
Com o título acima, a Folha de São Paulo, no editorial deste domingo, enfrentou a questão do “sistema” carcerário brasileiro.
Segundo o jornal:
- em 9 anos, dobrou a população carcerária brasileira;
- o número total é de 473.000 detentos;
- 44% são presos provisórios;
- entre 2008 e 2008 a quantidade de presos provisórios subiu 6%;
- hoje há três vezes mais presos do que vagas nos presídios.
Conclui o Editorial que “É evidente, diante desse cenário, a necessidade de agilizar a atuação da Justiça. Fere os preceitos democráticos e é uma violência do Estado contra cidadãos manter alguém durante anos num cárcere sem julgamento.”
“É um quadro desumano e insustentável.”


Texto enviado pelo Felipe Moreira de Oliveira
Postado pelo Sandro, já que o Felipe ainda não tinha a senha...

Um comentário:

  1. A prisão provisória é, descontadas as questínculas dos oficeboys do sistema de repressão oficial, a verdadeira pena no Brasil. É a tutela dos sem-direito a nada. Clientes pobres pedem a condenação para poderem progredir de regime. É que ainda existe os doutrinadores que dizem que EM NOME DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (riam em voz alta, por favor!), a progressão de regime não pode se dar em sede de custódia provisória!!!
    Ou seja: em nome da sua eventual inocência vamos te ferrar, desgraçado! E o jovem doutrinador que assim pensa, magistrado, é o queridinho do momento, considerado a fina flor do pensamento dogmático penal pátrio. É o mais estudado nos concursos, ou seja, o que forma os juízes do futuro - com idéias do passado. Até um editorial de jornal leigo sabe mais o que diz... Mas vamos em frente...
    Sandro

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