Com a aproximação dos pleitos eleitorais (eleições) uma palavra volta a ser utilizada com extrema freqüência: DEMOCRACIA. Sim, pois, há uma nítida vinculação – diria quase uma equiparação – entre democracia e voto. Costumamos (e somos induzidos a) imaginar que nossa tarefa é escolher, de quatro em quatro anos, representantes para que promovam a administração e direção da coisa pública. No mais, ficamos inertes ou, na melhor das hipóteses, fiscalizamos a atuação da pessoa eleita. E, desta maneira, a democracia (que originalmente significa “poder do povo”) acaba ficando limitada ao voto! Não! DEMOCRACIA É PARTICIPAÇÃO POPULAR! É necessário perceber que a democracia (ou regime democrático) não se limita tão-somente ao ato de votar e eleger representantes que exercerão a administração pública, ao contrário, a democracia constitui-se em participação social das pessoas que devem decidir (não só em épocas de eleições, mas sim ao longo de todo o mandato dos representantes eleitos!) sobre as políticas públicas que afetarão suas vidas e de suas famílias. A verdadeira democracia, uma democracia real, no direito e na apropriação, com igualdade de possibilidades em respeito ao acesso dos bens (materiais e imateriais) mínimos para uma vida digna, com a erradicação da pobreza e da violência urbana, no melhoramento da gestão ambiental, na repartição da riqueza e distribuição das responsabilidades só é possível por meio da participação cidadã na governabilidade local e da mobilização e iniciativa de indivíduos, comunidades, associações e organizações públicas e privadas em prol do bem comum. É urgente, pois, nossa atuação política, cultural e social na abertura de espaços de comunicação, diálogo e participação, estreitando laços e aprofundando as relações no âmbito da família, do bairro, da comunidade, para que o poder de decidir nossos rumos e destinos fique nas mãos de todos e todas. Caso contrário, continuaremos a escutar, ler e pronunciar a palavra democracia de quatro em quatro anos.
Por: Prof. Ruben Rockenbach
A verdade, é que o brasileiro está acomodado. E isso é muito triste!
ResponderExcluirBelo texto Ruben!
Beijo
Ruben você está com toda razão, devemos atuar pela democracia e por nossas reivindicações como cidadão, comunidade sociedade todos os dias, não somente nos momentos em que é mais conveniente!
ResponderExcluirComo você mesmo disse a luta pelos direitos humanos é uma luta diária, e o mesmo se coloca para a luta pela democracia e pelo tão falado "Estado Democrático de Direito". Gostaria de dividir uma experiência.(ocorreu no RJ)
No ano de 2008 participei como mesária e apesar de todos me desejarem boa sorte (como se eu tivesse recebi uma "punição" por isso)..rs eu estava feliz por participar. Nessa experiência tive há confirmação do que eu tanto ouvirá falar... crianças proibidas de entrar com os "pais" na sala de votação, proibido a entrada de celulares e equipamentos eletrônicos - motivo? Traficantes e a milícia estavam barganhando esses menores para confirmar se o voto tinha sido realmente no candidato que estes haviam determinado. Até o direito ao voto estamos perdendo, para os políticos com seus acordos em que cadê vez mais votos são comprados por promessas ou por um bom dinheiro e cestas básicas,e agora também temos nossos votos comprados pelo medo. Uma reflexão ==> Como podemos pensar em uma participação ativa se na hora da votação temos nosso direito castrado?
Muriel
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirfilha da mãe é sim
Excluirpor favor me ajude:
ResponderExcluirdemocracia é só ter o direito de voto ???